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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Relato da Lara - Algumas histórias e explicações

Por Lara Souto Santana

Olá,
Estou aqui ainda na maior adrenalina com este blog! É um prazer muito grande poder fazer parte desse projeto que é, ao mesmo tempo, despretensioso e grandioso, porque aqui falamos, sobretudo, de vidas que começam do jeito mais natural possível.

Pois bem! Amanhã é meu aniversário e acho muito interessante o fato de tudo isso ter começado nesta semana, motivo pelo qual achei importante fazer um balanço e reviver coisas boas para compartilhar com quem vier aqui.

Como comentei no primeiro post do blog, a Mary é minha madrinha e moramos em cidades diferentes. Isso aconteceu desde antes de eu nascer, mas ela é muito responsável pelo meu nascimento e pelo meu nome, que todos gostam tanto.

Vou contar uma coisa de cada vez: Minha mãe não sabia se eu seria menina ou menino. Se eu fosse menino ela queria Pedro, mas se fosse menina que nome colocar? Lia, Bruna? Precisaria ser um nome pequeno. Então, a Mary falou para minha mãe: "Por que você não coloca Lara?" Ela gostou, mas ainda faltava tempo pra nascer, né?

Daí eu surpreendi e me apressei. Minha mãe, que nunca tinha tido contrações, (o parto da minha irmã foi cesárea) ligou pra Mary e ela disse "isso é dor de parto!". No dia 02 de setembro eu resolvi dar o ar da graça (parto normal)! Como era muito prematura, tinha risco de morrer, então meu pai disse: "fala um nome só pra batizar aqui no hospital e a nenê não morrer pagã, depois você pode mudar o nome" e minha mãe: "Ela vai ser Lara, não vai morrer e eu não vou mudar" e foi isso que aconteceu! Vaso ruim não quebra!

Olha eu aí! Tão "linda"



No comecinho da minha infância, a Mary não morava em São Paulo. Só me lembro dela a partir de uns três/quatro anos de idade. Ela queria muito que eu a chamasse de "dinda/dindinha", mas eu não conseguia. Só dizia "Mary" (e até hoje é assim). A Mary diz que quando eu era pequena eu dizia "você não é minha madrinha, minha madrinha é a tia Dida!" Eu não me lembro disso, mas hoje eu encho a boca pra dizer "A MINHA MADRINHA é parteira, faz isso, faz aquilo...".

Então, quando eu era criança, ela vivia querendo me conquistar, comprar presentes que eu ia gostar: fita da Xuxa, patins, passeios ao parque do Ibirapuera, todas essas tralhas que crianças adoram. Lembro que ela trabalhava num hospital e às vezes trazia uns quites com shappoozinho e fralda para eu brincar de boneca! Nossa eu amava! Quando eu tinha uns nove anos, ela me deu uma Barbie que ficava grávida e tinha um bebê. Era um modo de eu me aproximar da profissão dela.

Depois de uns dois anos lembro de ela ter me contado que era voluntária na favela Monte Azul com a Angela, uma amiga alemã dela, e lembro até que estive na inauguração de uma casa de parto que até hoje existe lá. Hoje, porém, o nome é casa Angela.

Depois disso, ela voltou a morar na Bahia, mas eu sempre acompanhei um pouco do trabalho dela. Sempre achei muito bacana, sempre tive muito orgulho. Há uns cinco anos a dissertação dela veio parar na minha mão e vi que eu fui uma das pessoas para quem ela dedicou a dissertação! Foi tão interessante. Na época (anos 1990), eu era tão pequena e nem sabia o que era vida acadêmica. (Atualmente faço mestrado na área de Letras).

Sempre procuro saber dos partos que ela faz e aí ela me mandou o relato do nascimento da Déa. Achei tão bonito e, ao mesmo tempo, um desperdício que isso ficasse parado no computador dela. Foi aí que sugeri que ela abrisse um blog para compartilhar com todos essas experiências tão ricas.

Acho que o blog é uma maneira de nós nos aproximarmos um pouco mais! Uma causa muito nobre não acham? Então, estou aqui me despedindo de vocês e dos meus 25 anos (quanto!!!) com muita alegria de fazer o blog acontecer.

Um grande beijo a todos.

Lara

3 comentários:

  1. Lindo relato! Prazer em te conhecer, Lara!
    Um beijo!

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  2. Faltou eu falar que, pra me agradar, ela fazia um mousse de chocolate PERFEITO!!!!!

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  3. Ah! quanta lembrança boa! Parece que foi ontem! No dia a 01/09/1985 neste mesmo horário minha bolsa estourou aos 6 (seis) meses de gestação e eu estava na casa da minha mainha que me deu uma toalha de banho grande para eu me secar e correr para o Hospital. Lá no bendito hospital , a bendita médica me mandou voltar prá casa que não era hora do nenê nascer e eu chegando em casa liguei para Mary , a madrinha e enfermeira querida, dona deste blog. Ela ficou indignada (como sempre) e me falou para ir a outro Hospital e já era tarde, e eu que nunca gostei de incomodar as pessoas, tinha Indira pequenininha e o pai que já estava cansado , achei que dava para aguentar e ir ao médico de manhã. Passei o resto da noite me acabando de dor e depois das 6 da manhã comecei o berrar, deixamos Indira na creche e fomos voando (literalmente)para o Hospital Iguatemi e lá só foi o tempo de fazer chegar botar na maca e entrar no centro cirúrgico e parir (como diz Mary), às 8 horas do dia 02/09/1985... Lembro de tudo como se tivesse acontecendo agora.
    Pois é Mary, tu sempre presente nas nossas vidas. Ontem , hoje e com certeza, será sempre assim. GRATA !!! Socorro

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