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quinta-feira, 22 de setembro de 2011





Estamos entrando na 41ª semana de gestação. Um momento muito especial, de despedida da barriga (esta deve ser a minha última gestação), de expectativa pela chegada de mais um filho, de ansiedade para finalmente segurá-lo (ou, segurá-la) nos braços.

Sim, não quis saber o sexo do bebê. Pessoalmente acho estranha a necessidade que se tem atualmente de saber se é um menino ou uma menina que está para chegar. Geralmente, independente de nossa vontade, o desenvolvimento do embrião ocorrerá. Com todo o seu esplendor e potencialidades. O nome? A decoração do quarto? A cor do enxoval? Como fazer? Rosa ou azul? Sinceramente, nada contra, até bem a favor, de quem curte a beleza desses detalhes. Também fico maravilhada diante de um quartinho de bebê super-bem-decorado... Mas, prefiro dar prioridade a outras questões. Seja menina ou menino, o bebê que está para chegar é uma pessoa diferente de suas irmãs, não vai dar a mínima para a decoração do meu quarto (porque vai passar um tempo compartilhando o quarto comigo e com o papai), e o seu nome já está definido (foi surgindo, secretamente e só anuncio depois que a pessoinha chegar). Precisará de uma mãe inteira, disposta a aconchegá-lo(la) e amamentá-lo... Os paninhos, roupinhas e acessórios couberam todos em duas gavetas do meu guarda-roupa, gentilmente cedidas. Aliás a irmã mais nova também cedeu uma gavetinha da sua cômoda para as fraldinhas de pano. Porém, preciso confessar um pequeno desvio de conduta: confeccionei lembrancinhas de maternidade. No meu caso, creio, com o parto domiciliar, serão "lembrancinhas de nascimento". Não resisti a essa "peruísse" de mãe moderna.

Mudando de assunto, faz umas três semanas que precisei me afastar do mundo. Cansaço, dores musculares e uma necessidade enorme de dar um tempo na correria do cotidiano. Sou mãe, estudante (de Enfermagem, voltei para a faculdade aos 36 anos), professora de adolescentes (lindos!) e doula/assistente perinatal (com Mary). Mas como é difícil fazer isso, afastar-se do mundo... As atividades, os acontecimentos, as obrigações, as demandas sociais e afetivas continuam chamando a atenção. Desse modo, apesar da tentativa de relaxar, continuei cansada e estressada. Às vezes, uma megera insana... Fui salva por minhas amigas/parteiras queridas, Mary, Marilanda e Adriana. Passei dias maravilhosos na Ilha de Itaparica, com direito a tratamento de rainha, mar, sol, incensos, massagens, abraços, carinhos, conversas cabeça e conversas besteirol total. O mais importante? Sentir-me acolhida, protegida, cuidada... Serei eternamente grata a estas amigas por esses dias tão especiais.

Chegamos ao final desta postagem. E agora? Agora estamos no final, eu sentindo contrações que variam em intervalos d 10-15 minutos. Incômodas e começando a sentir dor. Pouquinha dor, no pé da barriga e nos quadris. Sinto que preciso me movimentar, caminhar. E dar um tempo da pressão do "tempo que está acabando"... Tenho reforçado para mim mesma que é possível e natural esperar pela hora real do nascimento. Pelo nosso tempo. Talvez essa "demora" seja devida à necessidade de resgatar o tempo que faltou para que o nascimento de Letícia (minha segunda filha) acontecesse espontaneamente. O momento também é de aprendizado.

Ontem fizemos uma despedida da barriga, aproveitando a visita de Mary (que me ajudará na recepção do bebê) e de Ula, uma amiga muito querida, antropóloga, defensora da nossa causa, o parto natural, e, claro, super-inteligente e gente boa. A barriga foi transformada numa tela, dividida ao meio, e as meninas expressaram as suas bênçãos e criatividade para o bebê.

Fico por aqui. Espero que, quando escrever novamente, seja para contar sobre o encontro entre eu e meu bebê querido. Pensamentos positivos!



5 comentários:

  1. Adorei a ideia da despedida da barriga! Muito lindo seu blog! Estou muito feliz por vc está firme naquilo que acreditas. Bjosss ansiosos pelo nascimento do meu priminho ou priminha :)

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  2. Liliana é uma pessoa tão serena, tão tranquila, um amor de pessoa. Jamais poderei esquecer do nosso primeiro encontro virtual, foi através dela que adentrei a esse mundo maravilhoso do parto natural em Salvador. Foi o meu primeiro contato, quando do início da minha gravidez de Zaya. Escrevi um email e ela me abriu as portas, conheci Mary Galvão, por seu intermédio e pude participar de um dos momentos mais lindos da minha gestação ao lado delas, através de uma oficina para gestantes, estava com 10 semanas.
    Liliana, desejo a você um lindo parto, cheio de energia, amor e plenitude, como tantos que vocês puderam contribuir para as gestantes que acompanharam.

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  3. Larissa e Laurinha,
    Obrigada pelas palavras!

    Chênia (Aldeia materna),
    Obrigada pela consideração, fico feliz em saber que fui o seu primeiro contato neste mundo dos partos naturais e da maternagem. Fico feliz também por saber que aquela oficina foi tão especial para você.
    O meu parto foi cheio de surpresas, profundamente marcante (como todos são)e revelador. Porém, me deu a certeza da relevância do meu (nosso)trabalho.
    Um beijo!

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